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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Tempestades e furacões


Resolvi aparecer aqui para desabafar porque vejo amigos fazendo isso em seus blogs e sei que escrever não resolve as coisas, mas alivia um pouco o coração.

Tenho vontade de gritar e sair correndo, mas não posso. Houve um tempo em que podia sonhar, em que acreditava, de verdade, naqueles dias felizes de comercial de margarina. E li “O Segredo” e vários outros livros que dizem que os problemas podem acabar e tudo vai ficar bem. Sabe, não sei mais se acredito. Recordo-me de uma conversa recente, por e-mail, com minha querida amiga Vanessa, sobre este assunto. Van, querida, como disse antes, acho que seu raciocínio faz sentido. O sol pode brilhar pra muita gente, mas há nuvens em outros lugares, tempestades e furacões.

Quando a gente é adolescente, acha que tem todo o tempo do mundo e pode dar mancada, meter os pés pelas mãos, que logo tudo irá passar e seremos perdoados por nossos erros. Erro de adolescente nem chega a ser considerado “Erro”, com “e” maiúsculo, pois nesta fase ainda estamos aprendendo, conhecendo, explorando limites. Mas, como o tempo não para, a vida segue seu curso e, um dia, olhamos no espelho e nos deparamos com um adulto chato, cansado, que foi deixando cair pela estrada da vida boa parte dos sonhos, que já não sorri mais com tanta facilidade, não acha graça das piadas bobas e sem a menor graça. Vemos diante de nós o adulto que nos tornamos e que jamais quisemos ser.

Por falar nessa época, de sonhos doces e grandes ideais, de energia inesgotável e a vontade de mudar o mundo, lembro-me do quanto eu era destemida. E isso era assustador, sobretudo para os meus pais. Hoje não sou mais assim e juro que faria o que fosse necessário para resgatar essa Cris, se ela pudesse ser resgatada. Vejo o meu medo também nos meus amigos, que lutam por um lugar ao sol, que ralam nesse país escroto de m_rda e não conseguem colher o fruto de seus trabalhos. Alguns deles, os mais amados e mais chegados, também estão cansados e eu adoraria fazer uma mágica para aliviar o peso de suas costas.

Eu queria pintar uma tela, a tela da realidade, da realidade que, em algum lugar do meu coração, ainda espero viver. Uma realidade onde poderia viver segura e tranquila, com meu John-John e com nosso filho.

Não conheço pessoas que não foram marcadas pela vida e seus dissabores, pela educação dos pais (que, por mais que tentassem fizer o melhor que podiam, erraram, feriram) e por suas próprias experiências. Algumas delas criaram um escudo ou uma carapaça para seguir em frente; outras usam máscaras; outras seguem apoiadas em muletas como o álcool, as drogas e o fanatismo religioso; e há outras que andam por aí, como zumbis, sangrando em agonia.

Eu quase me prometi não escrever mais coisas tristes no Cílios, mas cansei dessa coisa de “happy end”, de solzinho brilhando lá fora, de “tudo passa, tudo vai ficar bem”... A vida exige uma trilha sonora visceral, repleta de guitarras distorcidas, de gritos e urros, com uma bateria pesada de fundo, em completa desarmonia. E pedindo licença ao meu querido amigo-irmão Demétrius, faço dele minhas palavras: “É apenas o que eu acho”.

sábado, 28 de agosto de 2010

É preciso muuuuuuuuuita paciência



Oi, gente,

Começo a postagem de hoje com uma afirmação: pra viver é preciso muuuuuuuuuita paciência!
Sempre estamos esbarrando em fatos ou pessoas que nos tiram do sério (e olha que não é fácil me fazer perder a calma). E o dia começou assim, com uma situação chata e injusta, dessas que me fazem querer estar à anos luz da humanidade. Pra completar, sem me consultarem, tomaram uma decisão que diz respeito a mim e ao meu filho (quase nada pode me irritar mais), como se simplesmente eu não existisse. Olha, na real, só contando até 30 pra lidar com gente. Eu sempre preferi os animais, sempre me senti atraída pela vida dos ermitões, porque nunca consegui compreender certas atitudes egoicas, mesquinhas...
Bom, é isso. Só queria desabafar. Como não tenho um saco de pancadas em casa, deixo essas palavrinhas por aqui. E também não vou escrever mais, pois vocês nada tem a ver com minha irritação e falta de tolerância. Mas, que dá vontade de usar a espada, isso dá!

Ninja

domingo, 15 de agosto de 2010

Casamento dos Sonhos x Malária no Quênia

Se vai chover hoje, não sei, mas estou escrevendo novamente no blog e há muito tempo não faço isso por 2 dias consecutivos. Ontem, vendo TV, sem muitas opções, acabei parando no canal Discovery Home & Health e assisti um pedaço do programa “O Casamento dos Meus Sonhos”. Não pude deixar de ficar impressionada com a suntuosidade, o luxo do evento, que contava com comidas variadas, bebida da melhor qualidade e uma decoração de sonho, em estilo persa, com lindas peças importadas. Sinceramente, não consigo nem pensar em quantos milhares de dólares custou tudo aquilo. Como disse, só vi um pedaço do programa, que já estava terminando. Pensando no que assistir após o fim daquela exibição de riqueza extrema, apertei, no controle remoto, o número correspondente ao canal Futura e qual não foi o meu espanto ao ver uma criancinha morrendo no colo da mãe?! Estava passando naquele canal o programa “Uma Questão de Saúde”, retratando o sofrimento de pessoas miseráveis que morrem de malária no Quênia. Incrível perceber os extremos assim, tão rapidamente. Num instante casais com lindas roupas celebravam um casamento de milhares (ou milhões, nem sei) de dólares e, no outro, crianças afetadas pela malária morriam nos braços das mães, sem que estas pudessem fazer algo contra a doença que ficava cada vez mais resistente. De doer no coração. Não consegui assistir ao documentário. Meu coração apertou, senti um nó na garganta e aquela vontade infantil de ser uma super-heroína e mudar o mundo, salvar as pessoas.

Umas das coisas duras de percebermos, quando amadurecemos, é o fato de que não somos super-heróis ou super-heroínas. E nem seremos. O mundo aí fora não vai mudar porque eu e você nos importamos. Madre Teresa dizia: “Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor.” e eu não faço nem isso, não consigo nem mesmo acrescentar uma gota ao oceano, o que é motivo certo de frustração.

Quando somos jovens, inocentes e tolos, sonhamos com um mundo melhor, mais civilizado, mais equilibrado, com maior igualdade entre as pessoas. O tempo vai passando e só nos mostra cabelos brancos, cansaço, uma conta no banco que não é o que esperávamos e, até mesmo a indignação da juventude, diante desse mundo torto e injusto, desbota, esmaece.

Espero que esta postagem não tenha tons tão cinzentos pra vocês. É só mais um desabafo, neste domingo gelado.

Apesar do coração ainda apertado e que parece diminuir a cada dia, deixo todos os beijos pra vocês. Especialmente pra Vanessa (damas primeiro, rs), Demétrius e Christiano, que aguentam minhas chatices.


Ninja



quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Obviedade

Já há algum tempo não passo por aqui e, na verdade, resolvi parar de dizer pra mim mesma que vou escrever mais, vou manter uma constância nas postagens do blog e coisas do tipo. Isso parece aquela história de “promessas de ano novo”, que acabam nunca acontecendo e são mais um motivo de frustração.

Hoje tive que levar meu filhote pra tomar vacina e depois tive que fazer uma procuração pra minha mãe, no cartório (claro! rs). Entre esses dois fatos, coisas aconteceram e me deixaram pensativa, o que pode ser encarado como algo positivo, apesar das “coisas não legais” que ocorreram. Pensar a gente pensa o tempo todo, mas coisas desagradáveis servem pra nos fazer refletir e até cogitar mudanças.

Ontem à noite, conversei um pouco (pela internet) com meu amigo Demétrius e hoje falei, por alguns minutos (via celular), com o Christiano, outro querido amigo de longas datas. E senti SAUDADE, SAUDADE mesmo (por isso em Caps Lock), de um tempo que ficou pra trás, de conversas sinceras com via de mão dupla, onde podia falar e ouvir na mesma proporção. As pessoas, atualmente, parecem não saber o que é isso. Parecem desconhecer o RESPEITO que, pra mim, é a base de toda e qualquer relação. Respeitar é, antes de tudo, ouvir e não julgar. Hoje tive uma dúvida (o que não é raro, pois sempre tenho dúvidas a respeito dos mais variados assuntos) e minha pergunta, inocente, real, sincera, foi considerada uma obviedade. Engraçado, até. Se perguntei, é porque não sabia a resposta, porque não me sinto obrigada a conhecer tudo e a me manter informada, por exemplo, do ritmo de funcionamento dos postos de saúde. Escrevendo isso agora, depois de relaxar um pouco, lendo uns poemas do Drummond, e ouvir “Some Devil”, do meu querido Dave Matthews, me pergunto: por que me importo? A gente gasta energia à toa, com fatos assim, e gasta ainda mais achando que fatos e pessoas podem mudar. Mudar é possível, sim, mas a mudança parte do auto-conhecimento, da reflexão, da compreensão.

Bem, para economizar energia (rs), vou ficar por aqui.

É bom poder desabafar. Não tenho mais alguém que me Ouça (com “O” maiúsculo, sem dúvida), como já tive antes. Às vezes, isso faz falta.

Que a noite seja morna e estrelada, queridos e queridas! E Deus abençoe meus amigos do coração.

Ninja


P.S.: Essa postagem não merece imagem.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Dúvida


Certas vezes, me pego pensando em como seria a minha vida, se tivesse feito escolhas diferentes. E esse tipo de reflexão, de algum modo me ajuda no processo de auto-conhecimento. Nem sempre o que descobrimos sobre nós mesmos é agradável; geralmente não é. Mas, se nos deixarmos prender pela âncora da culpa e do arrependimento, não iremos a lugar nenhum.

A realidade é dura e fugir dela torna as coisas ainda mais difíceis. Aceitar e compreender o que se passa conosco, ao nosso redor, é libertador, pois nos permite escolher, nos dá a chance de mudar.

Hoje é feriado e ainda não sei o que fazer do restante do dia. Aliás, ando sem saber de muita coisa. É como se o mosquito da dúvida houvesse me picado e agora encontro-me infectada.

Espero que vocês estejam bem e o melhor que posso desejar é: saibam quem são.


Ninja

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Frio


Adoro dias frios,
mas não consigo sentir o mesmo
pela frialdade dos corações.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

De volta


De volta ao Cílios...

Queria ter passado por aqui antes, principalmente porque não estava nos meus melhores dias quando fiz o último post. Bom, dias cinzentos todos temos, mas muitas pessoas preferem fingir que eles não existem, ou pelo menos aparentar que não acontecem com elas. Como detesto hipocrisia, falsidade, fingimento, assumo: tenho dias que são bem cinzentos, em que a paciência parece a mais inalcançável virtude e o sol brilha pra todos, mas não pra mim. Achei que teria uma ótima semana, animada com a conquista do título gaúcho pelo Grêmio. No entanto... :( Ah, e por falar no meu amado Tricolor, aguardo ansiosa o jogo contra o Santos (Copa do Brasil) que, sinceramente, tem ganhado a minha simpatia com sua boa atuação e com a presença do Arouca (emprestado) e do talentoso Neymar. Antes do confronto, passaremos pelo Atlético-GO, neste sábado, pela 1ª rodada do Brasileirão. Pena o Jonas e o Borges estarem fora desta partida. Ambos tem brilhado, usando o manto azul, preto e branco. :)

É, o fim de semana promete: um futebolzinho, pra relaxar; uma pizza, com bastante queijo derretido (hummm...) e umas horinhas no Playstation (preciso terminar uma aventura, hehe...). E, se Deus quiser, após o glorioso final de semana, começará uma semana sem qualquer tom de cinza. ;)

Um final de semana sensacional pra vocês, crianças!

Beijos ninjas


segunda-feira, 3 de maio de 2010

Certas vezes


Certas vezes a gente só quer ter do lado alguém que, apesar dos problemas, nos diga que tudo vai ficar bem. Ou que nos dê aquele abraço forte e sincero, capaz de transcender qualquer palavra.
Estou vivendo uma dessas vezes...

sábado, 1 de maio de 2010

Saudade mata?


Saudade mata?

Se mata não sei, mas pode fazer doente ou fazer sorrir, de orelha a orelha.

Tem gente quem não gosta de sentir saudade e eu até entendo quando se trata daquela saudade que machuca, quando é puro apego, quando é puro EGO. Mas, em mim encontro uma saudade doce, leve, quase pura, uma saudade quase infantil, quase brisa morna na areia da praia.

Minha saudade tem vários nomes, cheiros diversos, nomes múltiplos e fala de épocas que vivi e que, se pudesse, viveria novamente.

Ao invés de tentar (d)escrever essa saudade, deixo um suspiro.


(…)


Mudando de assunto, amanhã tem Gre-Nal no Olímpico e, apesar da grande vantagem do Grêmio sobre o Inter (após a vitória de 2 x 0 no Beira-Rio), sempre sinto um friozinho na barriga com um título em jogo. Que as horas passem depressa para que eu possa comemorar mais uma vitória do meu amado tricolor!

Meninos e meninas, espero que tenham curtido o feriado e que tenham um domingo especial!

Vou ver um DVD e amanhã, se o coração não parar, estarei de volta.


Beijos ninjas



quinta-feira, 22 de abril de 2010

Confiança

Sonho com o dia em que poderei confiar nas pessoas. O dia em que os seres, ditos “humanos”, agirão com sinceridade, respeito, compaixão...

Eu sempre tive dificuldade em usar o verbo c-o-n-f-i-a-r e acho que muito disso se deve as decepções e dores pelas quais passei na vida. Uma dessas dores, que certamente teve uma parcela de contribuição para o meu “problema de confiança”, foi causada pela trágica morte do meu pai. Bem, não quero tocar em assuntos tristes, então encerro este por aqui.

Hoje tenho um filho e me preocupo com o assunto deste post. Quero passar pro meu pequeno ninja, meu jovem guerreiro, ideais de honra, de respeito, justiça, amor, coragem e retidão. Não quero criar uma criança insegura, frágil e assustada. E ele há de saber como e em quem deve confiar (o que não é nada fácil). Educar uma criança nos dias atuais é uma tarefa, no mínimo, delicada. Requer atenção, cuidado, entrega, dedicação plena e muito amor.

Somos bombardeados o dia inteiro com notícias negativas, ruins, e mudar essa frequência é o que nos resta para não enlouquecermos e não tornarmos a existência algo pesado, depressivo. Há um ano atrás eu assistia vários noticiários na TV e não demorou muito para que percebesse o mal que esse hábito estava me causando. Se queremos um mundo melhor, de pessoas confiáveis, devemos começar a mudar simples hábitos, pensamentos e, assim, atrair energias mais positivas para nós.

Quem leu “O Segredo (como, por exemplo, você, minha querida Van)”, sabe que ferramentas podem ser utilizadas para mudarmos nossa realidade. O curioso é que, mesmo sabendo o que devemos fazer, deixamos os velhos hábitos e programações mentais nos conduzirem.

A minha “tarefa”, pra hoje, é pensar mais nos amigos sinceros que, ao longo de anos, provaram que são dignos de confiança. E depois de tanto blá-blá-blá, o que quero registrar aqui, neste querido cantinho, é o tamanho apreço que tenho por estas poucas, mas muito especiais, pessoinhas que fazem parte da minha vida. Essas “pessoinhas (no diminutivo para demonstrar carinho, mas são elas grandes e preciosas PESSOAS) saberão se reconhecer nestas palavras. Essas pessoas merecem confiança, amor e respeito.


Bom, o baby acordou e vou ficando por aqui.

Para comentários e reclamações, please, sintam-se à vontade! ;)


Beijos ninjas



terça-feira, 20 de abril de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Es-cro...


Boa noite, pessoas queridas, pôneis alados do deserto e canários turcos de listras azuis!

Dia quente e seco. Clima bem diferente do que fez durante umas semaninhas atrás, onde eu estava dormindo de meias e cobertor.

Depois de encontrar meu amigo-irmão Demétrius no google talk, no início da tarde, pensei num termo dito por ele e que resume muita coisa. O termo é “es-cro-ti-li-da-de”. O termo cai como uma luva para definir a forma como certo tipo de “gente” costuma agir. Esse tipo de “pessoa” julga, critica, inveja e, sempre que pode, deixa escapar a sua miséria interior, a sua pobreza de espírito e infelicidade. “Pessoas” que agem com escrotilidade são dignas de pena (apesar de achar este sentimento horrível) e, certamente, me lembram os vírus e os danos que eles causam ao organismo humano.

Numa cena do meu querido filme Matrix, o agente Smith conta a Morpheus como classifica a espécie humana: “Vocês não são mamíferos, pois todo mamífero cria instintivamente um equilíbrio com o meio ambiente... mas os humanos não! Eles se movem para uma área, se multiplicam até todos os recursos se esgotarem e para poder sobreviver, se movem para outra área. Essa atitude é similar à do vírus, fazendo do ser humano uma doença; o câncer do planeta.” Creio ser este um bom exemplo para a compreensão do termo hoje em pauta. ^^ Seres que destroem seu próprio meio, seres que dedicam boa parte de suas vidas falando mal dos outros, fofocando, mentindo, enganando, difamando, explorando, dominando, magoando, são seres que agem com escrotilidade e “graças” a eles, resolvi fazer essa postagem. O pior é que tais seres costumam usar máscaras (outro termo que merece uma postagem exclusiva) e, como os vírus, podem estar ao seu lado e você nem sequer se dar conta.

Bem, meninos e meninas, o dia hoje foi bem agradável. :) Bom pra pensar, pra relembrar algumas coisas, pra valorizar outras e para agradecer aos amigos queridos, que me inspiram e me ajudam a refletir sobre essas coisas “du mundu di meu Deus”.

Beijos ninjas e abraços!

Cuidem-se!


sexta-feira, 16 de abril de 2010

Malabarismo

O malabarista é aquele que procura “manter objetos no ar, lançando e executando manobras e truques. Também existem malabarismos onde só se manipulam objetos em contato com o corpo.” Quem já viu, ou já tentou praticar essa arte, sabe que não é nada fácil. E é assim que eu me sinto: uma malabarista da vida.

Nessa vida corrida, maluca, onde o relógio parece girar cada vez mais rápido, temos que fazer manobras, truques, e ter muito, mas MUITO jogo de cintura para darmos conta de tantas obrigações. Quando o baby ninja nasceu, percebi que teria que reinventar o meu tempo, pois não podia mais pensar apenas nas minhas necessidades. Durante os 3 primeiros meses, praticamente não dormi, não tive horário pras refeições, aliás não tive mais horário pra nada. Ele já está com 8 meses e vejo que o tempo encolheu. Durmo menos, faço as refeições quando e como posso, pois ele está sempre em primeiro lugar dentro das minhas prioridades. Postei aqui no blog, em agosto do ano passado: “Andei pensando muito sobre a natureza ninja (hehe...) e cheguei a seguinte conclusão: mãe de verdade tem que ser NINJA.” Hoje completo a frase afirmando que: além de NINJA, mãe de verdade tem que ser MALABARISTA.

Voltando ao papo de vida-corrida-maluca, quem não tem que fazer seus malabarismos no dia-a-dia?

Somos escravizados pelo relógio e, quanto mais o tempo passa, a sensação que tenho é a de que os dias e as horas encolhem cada vez mais. As pessoas com as quais converso costumam dizer o mesmo. As pessoas lá fora também devem fazer seus malabarismos para (sobre)viver, pois o mundo exige essa dinâmica. E o mais curioso é que me dou conta de que sou malabarista, sim, pois estou num circo. “Hoje tem palhaçada? Tem sim senhor!”. Mas, nem sempre tem goiabada, nem sempre as coisas são tão doces, nem sempre tem gargalhada...

Pensei em escrever hoje sobre “malabarismo”, olhando o mundo ao meu redor, pensando na correria das mães (das que trabalham fora ou não) que cuidam da casa, dos filhos, do marido (quando tem um); na loucura dos homens e mulheres que enfrentam o impiedoso dragão do mercado de trabalho; nos adolescentes, cheios de medos, dúvidas e atividades escolares (e muitos ainda trabalham); no trânsito estressante das grandes cidades; na política que gera mais insegurança e resulta, quase sempre, em decepção.

É, meus amigos, façamos nossas manobras, joguemos laranjas e bolas pra cima (sem deixá-las cair, claro) e continuemos nossa jornada, esperando a hora do sorriso e do aplauso. O espetáculo não pode parar.

Ninja

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Amigos e palavras

Tem gente que escreve como uma forma de exorcismo e, na verdade, fiz isso durante toda a minha vida. Comecei muito cedo a escrever diários e, quando tinha 13-14 anos, obtive, nas palavras, o conforto que precisava, numa época que nunca é fácil pra ninguém. A adolescência é uma fase pouco confortável, por conta de um turbilhão de mudanças e pouco (ou nenhum) apoio dos pais e educadores. Sei que meu grande e querido amigo Demétrius (tive que citá-lo :) novamente) compreende bem o poder que as palavras tem em nossas vidas. Ele sabe que escrever pode ser uma espécie de terapia e devo à ele, com imensa gratidão, o fato de voltar a escrever por aqui. Sinceramente, já havia perdido o interesse e o melhor de tudo é que estou num momento em que preciso mesmo escrever, mesmo sabendo que posso não ser “ouvida”. Faço-o por mim, pela minha alma.

Há pouco, recebi (no Twitter) umas mensagens de um outro amigo, muito querido e especial, que compreende bem o que se passa comigo e o mais interessante (desculpem-me pela demora nas apresentações) é que também está ligado ao meio artístico. Pra quem não sabe, o Demétrius é um excelente músico e o Marcelo (que me enviou as mensagem no Twitter) fez teatro durante boa parte de sua vida (além de ator e jornalista, é um talentoso e sensível pesquisador musical). Conhecei o Demétrius na faculdade de música (que não cheguei a terminar) e o Marcelo na faculdade de artes plásticas. Lembro-me de uma conversa que tive com o Demétrius, onde chegamos a seguinte conclusão: amigos mesmo só os de muitos anos, os que provaram, com o passar do tempo, serem dignos de confiança. Está cada vez mais difícil confiar nas pessoas e nas suas “boas” intenções e não é à toa que vemos tantas amizades voláteis, divórcios, chefes demitindo seus empregados e por aí vai.

Quando resolvi postar no blog hoje, pensei em escrever outra coisa, mas vou deixar registrado o carinho imenso e o amor sincero que tenho por estas duas criaturinhas tão especiais, tão sensíveis, tão generosas, que merecem tanto ser completamente realizadas e felizes: Demétrius e Marcelo. Eu não sei o que faria sem vocês! Mesmo fisicamente distantes, só o fato de saber que vocês existem torna minha vida mais alegre. Sei que posso contar com vocês, nos dias cinzentos, e preciso que saibam que estou aqui sempre, incondicionalmente, pra ambos.

Bem, vou terminar por aqui, desejando que o dia seja agradável, doce, sem julgamentos, repleto da verdadeira paz de espírito!


Ninja

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Questa è la vita

Gente, como viver pode ser tão estranho??? Ando um tanto introspectiva... Se pudesse, teria passado o dia de ontem meditando e refletindo sobre coisas que acontecem e que, por mais que eu tente, não consigo compreender. Viver em sociedade é uma experiência psicodélica e isso é algo bem interessante (para não usar outro adjetivo). Se pararmos para ver o que há por trás dos rótulos, das imagens, das fantasias, dos sorrisos, dos olhares... Ah, e essa viagem pode ser feita sem o uso de qualquer psicotrópico!

Eu sempre vi a vida como se fosse uma imensa história em quadrinhos. Nunca tomei ácido porque nunca precisei de tal fuga (bom, a gente foge do mundo usando outros recursos também, hehe...). E, de certa forma, posso compreender o que leva as pessoas a buscarem formas alternativas de lidar com o que nos cerca.

Tenho um olhar beeeeem particular sobre a realidade e, se tentasse defini-lo para alguém, acabaria fazendo uma analogia com o filme Matrix. É o que mais se assemelha a minha forma de pensar o mundo como uma imensa caixa, onde não existe liberdade, onde somos marionetes, manipulados pela mídia e até por nosso próprios desejos. E a arte, que deveria ser uma LIBERTAÇÃO, acaba servindo de instrumento para essas forças malignas, exteriores e interiores, uma espécie de algema, de cárcere, onde o artista não é o mocinho (do meu mundo de história em quadrinhos), mas sim o vilão. Já cheguei a pensar, em tempos passados, que ser artista é uma forma de condenação. As pessoas dizem que nascer com aptidão artística é uma bênção, um dom, mas, sinceramente, tenho minhas dúvidas. Na “caixa” pouco importa o dom, se não vem atrelado aos cifrões. A arte é produto de consumo, de massa, refém do ego e não mais Inspiração Divina.

E por que acho o mundo estranho?

Porque ando com o “saco” (rs) bem cheio de todo o teatro, das encenações nas relações “humanas”, das inseguranças veladas, das convenções, das armadilhas dentro de uma embalagem de sucrilhos.

Não raro penso nas longas conversas que tive com meu grande amigo (irmão de alma) Demétrius, no decorrer de anos. A tônica foi, em vários momentos, as relações “humanas”, o abuso do poder, as mentiras e, consequentemente, as dores. Os anos passaram e creio que pouca coisa mudou. Queria ser hoje mais tolerante, mais sábia, mais hábil ao lidar com as “gentes”, mas reconheço que não sou assim. E o que me cerca é o mundo que construo a cada dia, que tento fazer da melhor forma, mesmo consciente da falta de cumplicidade (significativas vezes) e das dores (que, se os pedreiros tem nas costas, por conta do trabalho pesado, tenho na alma, pelo peso da incompreensão).

Fazer o quê? Questa è la vita.

Ninja



segunda-feira, 12 de abril de 2010

Cachorros soltos


Às vezes, a gente sente vontade de fechar os olhos para não ver. Outras vezes, isso não é o suficiente...
Hoje o dia poderia ter sido bem melhor do que foi. Mas, me sinto grata por ter conseguido fazer tudo o que havia planejado. O problema foi ter sido pega de surpresa por uma reação agressiva inesperada. E eu juro que não sei o que fiz de mal. A gente tende a se culpar por coisas que, muitas vezes, não são mesmo nossa culpa. E as pessoas, por motivos que nada tem a ver com você, podem simplesmente acordar de "ovo virado" e soltar os cachorros em cima da sua pobre pessoa. Louco isso, não? Aonde vamos parar?

Ninja

domingo, 4 de abril de 2010

Páscoa


Queridos, quanta saudade!!!
Pode não parecer, por conta da ausência, mas guardo, com carinho, cada um de vocês dentro do meu coração.
Nesta tarde chuvosa, domingo de Páscoa, de reflexão, de chocolate também (por quê não?), penso nas pessoas queridas que estão longe, nos abraços que gostaria de receber, nas palavras que adoraria ouvir, nos beijos nas bochechas que poderia dar. :)
Seres humanos são estranhos: tendem a viver no passado ou no futuro, mas quase nunca no presente. E estão sempre sonhando e desejando. E desejar é uma bola de neve que vai rolando e aumentando, aumentando, aumentando... Até que essa “bola de neve” adquire o tamanho do mundo e é quase capaz de te engolir. Como afirma Lacan: “O desejo é sempre o desejo de um outro desejo”. Não é à toa que o budismo prega a libertação dos desejos. Com a eliminação do desejo, extingue-se a dor. E quem não quer ser feliz? Quem não quer livrar-se da dor?
Não sei se é coisa da idade, mas hoje já não quero mais TANTA coisa. Não quer dizer que não tenho sonhos. Sim, tenho sonhos, porém não deixo que eles me entorpeçam, que desviem meu foco do agora. O bom de parar de desejar TANTO é que nos tornamos mais gratos, além de conscientes do momento em que estamos vivendo. É como se a vida ganhasse novas cores e tivesse o sabor de pão quentinho, recém assado. Tem coisa mais gostosa?
Essa coisa de “viver o presente” é mesmo mágica e funciona especialmente bem para pessoas ansiosas e inseguras, que criam fantasmas na cabeça e acreditam que eles são reais.
Meninos e meninas, não há uma fórmula única para se viver, um remédio 100% eficaz para as dores da alma, uma máquina do tempo que possa nos transportar para o reino dos sonhos. Mas, há a busca, a descoberta, o encontro e o reencontro e isso faz toda a diferença.
Desejo que todos os dias sejam Páscoa para vocês! Que sejam de renovação, de comunhão, de ventos frescos e com aroma de chocolate!!!

Beijocas ninjas! ;)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

2010 na área!


Tarde chuvosa, embora quente, da primeira semana do ano de 2010.

Sim, eu senti saudades. Viajei pra passar o natal e o reveillon no nordeste, mas já estou de volta. Foi bom rever a família, comer umas coisinhas gostosas e típicas da região e reencontrar amigos muito queridos. O ano acaba de começar e, com ele, velhos sonhos renascem. O baby ninja está maior, mais pesado e esperto a cada dia. Comportou-se muito bem na viagem, graças ao Bom Deus!

E vocês? Tiveram uma passagem de ano tranquila? Reviram amigos e familiares? Abraçaram-se?

Espero que tudo tenha corrido bem com cada um de vocês.

No final do ano a gente “embobece” um pouco. Eu fico saudosa, um pouco melancólica e penso sempre nas mudanças de início de ano. Aquelas tradicionais promessas, sabem? E agora é hora de arregaçar as mangas e por a mão na massa. Que Deus me ajude e que ajude vocês!

Bem, fico por aqui. Voltarei, em breve, crianças.


Beijos ninjas e abraços marciais (hehe... entendam como quiserem),


Ninja

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Hoje

Gentem, que saudadona doceis!!! ^^

A vida anda corridíssima, como era de se esperar, mas não esqueci de vocês e nem deste cantinho. O baby-ninja está mais esperto a cada dia, mas requer muita atenção e não tem me sobrado muito tempo para, por exemplo, estar diante do computador. Quando posso, dou uma olhada nos e-mails, no Orkut, e, assim, mantenho contato com os amigos mais próximos. MSN virou luxo, hehe... Bom, já passei tanto tempo batendo papo no messenger que, sinceramente, confesso não sentir tanta falta.
As lutas e combates não deixaram de existir. Só ganharam uma nova trilha sonora e a participação de um integrante que, no fundo, é um grande aliado. E há a Fé que não me faz abandonar o barco, apesar do mar parecer, por vezes, tão convidativo.
Deixarei por aqui umas palavrinhas recebidas por e-mail.
Espero que estejam todos bem, felizes, sorridentes e bem-humorados.
Eu queria achar um livro que me dissesse exatamente o que fazer.

Beijos ninjas!

Quando evoluímos?
Quando mudamos?
Quando encontramos prazer em servir,
em ser útil.
Quando amadurecemos?
Quando a ofensa já não nos ofende,
o orgulho é morto.
Quando amamos?
Quando todos se tornam iguais
diante das nossas atitudes.
Quando sofremos?
Quando nos apegamos aos bens
perecíveis do mundo.
Quando nos iludimos?
Quando acreditamos que estamos prontos,
maduros e seguros.
Quando aprendemos?
Quando a lição, seja pelo amor ou pela dor,
retifica o nosso agir.
Quando conquistamos?
Quando marcamos a alma de alguém
com um gesto amoroso.
Quando morremos?
Quando desprezamos a oportunidade de servir.
Quando nos tornamos cristãos?
Quando o Cristo vive em nossas atitudes,
quando deixamos de falar em Jesus,
e praticamos o que Ele deixou de lição.
Quando seremos felizes?
Quando nossas mãos calejadas ou não pelo trabalho,
servirem mais para levantar o irmão caído,
do que para atirar pedras.
Quando descruzarmos os braços
diante do sofrimento alheio,
quando a humildade for a companheira
mais constante.
Quando descobrirmos finalmente,
que somos todos passageiros do mesmo barco,
movidos pelos remos das nossas atitudes.
Por isso,
por onde você passar, leve esperança,
seja o que consola, e será consolado.
Seja o que ampara, e será amparado.
Seja o amor, e será amado,
seja o que reconcilia
e será ligado no céu
tudo o que você ligar na Terra.
"O olho é a lâmpada do corpo.
Se teu olho é bom,
todo o teu corpo se encherá de luz.
Mas se ele é mau,
todo teu corpo se encherá de escuridão.
Se a luz que há em ti está apagada,
imensa é a escuridão."

Paulo Roberto Gaefke

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Ninja's news

Buenas tardes, galerinha ultra-querida!!!


Bem, sumi por um tempinho, mas os mais chegados sabem que foi por um bom, aliás, um ÓTIMO motivo. O baby-ninja nasceu e atualmente, além das minhas atividades ninjas, vejo minha rotina envolta em fraldas, mamadas e pouquíssimas horas de sono. Andei pensando muito sobre a natureza ninja (hehe...) e cheguei a seguinte conclusão: mãe de verdade tem que ser NINJA. Parece que nos últimos dias ganhei mais habilidades e sem qualquer treinamento. É uma loucura! Tenho que me multiplicar pra dar conta de tudo e, embora tenha a ajuda do pai e dos avós do baby, o tempo parece cada vez mais curto e não deixo de pensar em como seria útil ter vários braços. Ser como um polvo ou aquelas divindades hindus tipo Vishnu ou Lakshmi... Aiai...

O baby já tem 3 semanas e se não vim aqui antes, acreditem, foi por falta de tempo mesmo. Sinto saudades dos amigos e dos papos no MSN, mas não sei quando voltarei às atividades “internéticas” XD.

Quero deixar neste cantinho milhares de beijos e desejo que todos tenham um final de semana abençoado! \o/


Beijos ninjas e beijos babados, do baby-ninja ;)