sexta-feira, 16 de abril de 2010

Malabarismo

O malabarista é aquele que procura “manter objetos no ar, lançando e executando manobras e truques. Também existem malabarismos onde só se manipulam objetos em contato com o corpo.” Quem já viu, ou já tentou praticar essa arte, sabe que não é nada fácil. E é assim que eu me sinto: uma malabarista da vida.

Nessa vida corrida, maluca, onde o relógio parece girar cada vez mais rápido, temos que fazer manobras, truques, e ter muito, mas MUITO jogo de cintura para darmos conta de tantas obrigações. Quando o baby ninja nasceu, percebi que teria que reinventar o meu tempo, pois não podia mais pensar apenas nas minhas necessidades. Durante os 3 primeiros meses, praticamente não dormi, não tive horário pras refeições, aliás não tive mais horário pra nada. Ele já está com 8 meses e vejo que o tempo encolheu. Durmo menos, faço as refeições quando e como posso, pois ele está sempre em primeiro lugar dentro das minhas prioridades. Postei aqui no blog, em agosto do ano passado: “Andei pensando muito sobre a natureza ninja (hehe...) e cheguei a seguinte conclusão: mãe de verdade tem que ser NINJA.” Hoje completo a frase afirmando que: além de NINJA, mãe de verdade tem que ser MALABARISTA.

Voltando ao papo de vida-corrida-maluca, quem não tem que fazer seus malabarismos no dia-a-dia?

Somos escravizados pelo relógio e, quanto mais o tempo passa, a sensação que tenho é a de que os dias e as horas encolhem cada vez mais. As pessoas com as quais converso costumam dizer o mesmo. As pessoas lá fora também devem fazer seus malabarismos para (sobre)viver, pois o mundo exige essa dinâmica. E o mais curioso é que me dou conta de que sou malabarista, sim, pois estou num circo. “Hoje tem palhaçada? Tem sim senhor!”. Mas, nem sempre tem goiabada, nem sempre as coisas são tão doces, nem sempre tem gargalhada...

Pensei em escrever hoje sobre “malabarismo”, olhando o mundo ao meu redor, pensando na correria das mães (das que trabalham fora ou não) que cuidam da casa, dos filhos, do marido (quando tem um); na loucura dos homens e mulheres que enfrentam o impiedoso dragão do mercado de trabalho; nos adolescentes, cheios de medos, dúvidas e atividades escolares (e muitos ainda trabalham); no trânsito estressante das grandes cidades; na política que gera mais insegurança e resulta, quase sempre, em decepção.

É, meus amigos, façamos nossas manobras, joguemos laranjas e bolas pra cima (sem deixá-las cair, claro) e continuemos nossa jornada, esperando a hora do sorriso e do aplauso. O espetáculo não pode parar.

Ninja

2 comentários:

Apanhador de sonhos disse...

A rapadura é doce, mas não é mole não...

Anônimo disse...

E não dá para pipocar, hein?! Senão a plateia te taca uns tomates!