quinta-feira, 15 de abril de 2010

Amigos e palavras

Tem gente que escreve como uma forma de exorcismo e, na verdade, fiz isso durante toda a minha vida. Comecei muito cedo a escrever diários e, quando tinha 13-14 anos, obtive, nas palavras, o conforto que precisava, numa época que nunca é fácil pra ninguém. A adolescência é uma fase pouco confortável, por conta de um turbilhão de mudanças e pouco (ou nenhum) apoio dos pais e educadores. Sei que meu grande e querido amigo Demétrius (tive que citá-lo :) novamente) compreende bem o poder que as palavras tem em nossas vidas. Ele sabe que escrever pode ser uma espécie de terapia e devo à ele, com imensa gratidão, o fato de voltar a escrever por aqui. Sinceramente, já havia perdido o interesse e o melhor de tudo é que estou num momento em que preciso mesmo escrever, mesmo sabendo que posso não ser “ouvida”. Faço-o por mim, pela minha alma.

Há pouco, recebi (no Twitter) umas mensagens de um outro amigo, muito querido e especial, que compreende bem o que se passa comigo e o mais interessante (desculpem-me pela demora nas apresentações) é que também está ligado ao meio artístico. Pra quem não sabe, o Demétrius é um excelente músico e o Marcelo (que me enviou as mensagem no Twitter) fez teatro durante boa parte de sua vida (além de ator e jornalista, é um talentoso e sensível pesquisador musical). Conhecei o Demétrius na faculdade de música (que não cheguei a terminar) e o Marcelo na faculdade de artes plásticas. Lembro-me de uma conversa que tive com o Demétrius, onde chegamos a seguinte conclusão: amigos mesmo só os de muitos anos, os que provaram, com o passar do tempo, serem dignos de confiança. Está cada vez mais difícil confiar nas pessoas e nas suas “boas” intenções e não é à toa que vemos tantas amizades voláteis, divórcios, chefes demitindo seus empregados e por aí vai.

Quando resolvi postar no blog hoje, pensei em escrever outra coisa, mas vou deixar registrado o carinho imenso e o amor sincero que tenho por estas duas criaturinhas tão especiais, tão sensíveis, tão generosas, que merecem tanto ser completamente realizadas e felizes: Demétrius e Marcelo. Eu não sei o que faria sem vocês! Mesmo fisicamente distantes, só o fato de saber que vocês existem torna minha vida mais alegre. Sei que posso contar com vocês, nos dias cinzentos, e preciso que saibam que estou aqui sempre, incondicionalmente, pra ambos.

Bem, vou terminar por aqui, desejando que o dia seja agradável, doce, sem julgamentos, repleto da verdadeira paz de espírito!


Ninja

Nenhum comentário: