quinta-feira, 29 de abril de 2010

In My Life

Oi, queridos! Puxa, como é chato ficar resfriada! :(
Como ainda estou me curando dessa chatice (e sem muita paciência pra ficar no pc), vou deixar aqui um vídeo do Dave, que eu A-D-O-R-O! Assim que estiver melhor, voltarei a escrever mais.

Beijos ninjas e muita saúde pra vocês! ^^

In My Life

There are places I remember all my life,
Though some have changed,
Some forever, not for better,
Some have gone and some remain.

All these places had their moments
With lovers and friends I still can recall.
Some are dead and some are living.
In my life I've loved them all.

But of all these friends and lovers,
There is no one compares with you,
And these memories lose their meaning
When I think of love as something new.

Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before,
I know I'll often stop and think about them,
In my life I'll love you more.

Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before,
I know I'll often stop and think about them,
In my life I'll love you more.
In my life I'll love you more.

Dave Matthews Singing John Lennon


quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dia do Livro

Como amanhã é o Dia Internacional do Livro, posto aqui uns versos do meu poeta favorito: Manoel de Barros.



"Para entrar em estado de árvore é preciso
partir de um torpor animal de lagarto às
3 horas da tarde, no mês de agosto.
Em 2 anos a inércia e o mato vão crescer
em nossa boca.
Sofreremos alguma decomposição lírica até
o mato sair na voz.

Hoje eu desenho o cheiro das árvores."

★`·..·´★`·..·´★`·..·´★`·..·´★`·..·´★

"Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas
leituras não era a beleza das frases, mas a doença delas."

★`·..·´★`·..·´★`·..·´★`·..·´★`·..·´★

"Com 100 anos de escória uma lata aprende a rezar.
Com 100 anos de escombros um sapo vira árvore e cresce
por cima das pedras até dar leite.
Insetos levam mais de 100 anos para uma folha sê-los.
Uma pedra de arroio leva mais de 100 anos para ter murmúrios.
Em seixal de cor seca estrelas pousam despidas.
Mariposas que pousam em osso de porco preferem melhor
as cores tortas.
Com menos de 3 meses mosquitos completam a sua
eternidade.
Um ente enfermo de árvore, com menos de 100 anos, perde
o contorno das folhas.
Aranha com olho de estame no lodo se despedra.
Quando chove nos braços da formiga o horizonte diminui.
Os cardos que vivem nos pedrouços têm a mesma sintaxe
que os escorpiões de areia.
A jia, quando chove, tinge de azul o seu coaxo.
Lagartos empernam as pedras de preferência no inverno.
O vôo do jaburu é mais encorpado do que o vôo das horas.
Besouro só entra em amavios se encontra a fêmea dele
vagando por escórias...
A 15 metros do arco-íris o sol é cheiroso.
Caracóis não aplicam saliva em vidros; mas, nos brejos,
se embutem até o latejo.
Nas brisas vem sempre um silêncio de garças.
Mais alto que o escuro é o rumor dos peixes.
Uma árvore bem gorjeada, com poucos segundos, passa a
fazer parte dos pássaros que a gorjeiam.
Quando a rã de cor palha está para ter - ela espicha os
olhinhos para Deus.
De cada 20 calangos, enlanguescidos por estrelas, 15 perdem
o rumo das grotas.
Todas estas informações têm uma soberba desimportância
científica - como andar de costas."

Confiança

Sonho com o dia em que poderei confiar nas pessoas. O dia em que os seres, ditos “humanos”, agirão com sinceridade, respeito, compaixão...

Eu sempre tive dificuldade em usar o verbo c-o-n-f-i-a-r e acho que muito disso se deve as decepções e dores pelas quais passei na vida. Uma dessas dores, que certamente teve uma parcela de contribuição para o meu “problema de confiança”, foi causada pela trágica morte do meu pai. Bem, não quero tocar em assuntos tristes, então encerro este por aqui.

Hoje tenho um filho e me preocupo com o assunto deste post. Quero passar pro meu pequeno ninja, meu jovem guerreiro, ideais de honra, de respeito, justiça, amor, coragem e retidão. Não quero criar uma criança insegura, frágil e assustada. E ele há de saber como e em quem deve confiar (o que não é nada fácil). Educar uma criança nos dias atuais é uma tarefa, no mínimo, delicada. Requer atenção, cuidado, entrega, dedicação plena e muito amor.

Somos bombardeados o dia inteiro com notícias negativas, ruins, e mudar essa frequência é o que nos resta para não enlouquecermos e não tornarmos a existência algo pesado, depressivo. Há um ano atrás eu assistia vários noticiários na TV e não demorou muito para que percebesse o mal que esse hábito estava me causando. Se queremos um mundo melhor, de pessoas confiáveis, devemos começar a mudar simples hábitos, pensamentos e, assim, atrair energias mais positivas para nós.

Quem leu “O Segredo (como, por exemplo, você, minha querida Van)”, sabe que ferramentas podem ser utilizadas para mudarmos nossa realidade. O curioso é que, mesmo sabendo o que devemos fazer, deixamos os velhos hábitos e programações mentais nos conduzirem.

A minha “tarefa”, pra hoje, é pensar mais nos amigos sinceros que, ao longo de anos, provaram que são dignos de confiança. E depois de tanto blá-blá-blá, o que quero registrar aqui, neste querido cantinho, é o tamanho apreço que tenho por estas poucas, mas muito especiais, pessoinhas que fazem parte da minha vida. Essas “pessoinhas (no diminutivo para demonstrar carinho, mas são elas grandes e preciosas PESSOAS) saberão se reconhecer nestas palavras. Essas pessoas merecem confiança, amor e respeito.


Bom, o baby acordou e vou ficando por aqui.

Para comentários e reclamações, please, sintam-se à vontade! ;)


Beijos ninjas



quarta-feira, 21 de abril de 2010

Delito?

Tarde quente de feriado. Logo darei uma saída, mas antes resolvi passar por aqui para escrever umas palavrinhas. Sempre estou lendo 2 ou 3 livros ao mesmo tempo (às vezes, o número aumenta um pouquinho) e, dentre eles, opto por um livro de conteúdo espiritual, desses que alimentam a alma e não o intelecto. Ontem à noite, li uma frase que me fez pensar: “...a complacência com o delito também é delito (V.M. Samael Aun Weor)”. Poucas pessoas se dão conta disto e, quando estão diante de um delito, preferem se omitir, por medo, covardia, ignorância, ou por alguns outros terríveis motivos mais.

Essa frase é para se refletir, para meditar. Quantas vezes não fizemos “vista grossa” na presença de algo ruim, nocivo, de um comportamento delituoso?

Você pode fazer uma rápida retrospecção e dizer: “não, eu nunca fui complacente com um delito”, mas, se observar profundamente, verá que sim, você foi condescendente com um delito próprio, de sua total autoria. Este é, sem dúvida, um assunto delicado e o que a humanidade mais quer é se alienar, fugir das responsabilidades, se isentar da culpa e, certamente, a maioria não quer nem conversa com esse papo de “autoconhecimento”. Lastimável!

Hoje é feriado e não vou me estender mais no assunto. ^^ Gostaria de escrever sobre flores e borboletas, mas creio que a frase que citei tem mais Verdade. E por falar em Verdade, durante muito tempo acreditei que ela estava fracionada e espalhada por diversas seitas, escolas, religiões. Agora não penso mais assim. A Verdade é um presente mágico, único, inestimável, que se encontra tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe de cada um de nós. Ela necessita de certos códigos de acesso, mas isso é assunto pra quem, de fato, quer sair da Matrix.


Ninja

terça-feira, 20 de abril de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Es-cro...


Boa noite, pessoas queridas, pôneis alados do deserto e canários turcos de listras azuis!

Dia quente e seco. Clima bem diferente do que fez durante umas semaninhas atrás, onde eu estava dormindo de meias e cobertor.

Depois de encontrar meu amigo-irmão Demétrius no google talk, no início da tarde, pensei num termo dito por ele e que resume muita coisa. O termo é “es-cro-ti-li-da-de”. O termo cai como uma luva para definir a forma como certo tipo de “gente” costuma agir. Esse tipo de “pessoa” julga, critica, inveja e, sempre que pode, deixa escapar a sua miséria interior, a sua pobreza de espírito e infelicidade. “Pessoas” que agem com escrotilidade são dignas de pena (apesar de achar este sentimento horrível) e, certamente, me lembram os vírus e os danos que eles causam ao organismo humano.

Numa cena do meu querido filme Matrix, o agente Smith conta a Morpheus como classifica a espécie humana: “Vocês não são mamíferos, pois todo mamífero cria instintivamente um equilíbrio com o meio ambiente... mas os humanos não! Eles se movem para uma área, se multiplicam até todos os recursos se esgotarem e para poder sobreviver, se movem para outra área. Essa atitude é similar à do vírus, fazendo do ser humano uma doença; o câncer do planeta.” Creio ser este um bom exemplo para a compreensão do termo hoje em pauta. ^^ Seres que destroem seu próprio meio, seres que dedicam boa parte de suas vidas falando mal dos outros, fofocando, mentindo, enganando, difamando, explorando, dominando, magoando, são seres que agem com escrotilidade e “graças” a eles, resolvi fazer essa postagem. O pior é que tais seres costumam usar máscaras (outro termo que merece uma postagem exclusiva) e, como os vírus, podem estar ao seu lado e você nem sequer se dar conta.

Bem, meninos e meninas, o dia hoje foi bem agradável. :) Bom pra pensar, pra relembrar algumas coisas, pra valorizar outras e para agradecer aos amigos queridos, que me inspiram e me ajudam a refletir sobre essas coisas “du mundu di meu Deus”.

Beijos ninjas e abraços!

Cuidem-se!


domingo, 18 de abril de 2010

Choco-rose


Boa noite de domingo, meninos e meninas, gatos, cachorros, andorinhas e macacos-do-sudão!
Ontem postei aqui no blog apenas uma imagem, intitulada "voar", mas acabei excluindo o post por perceber que já havia utilizado a mesma imagem tempos atrás. Hohoho... Falha nossa! ^^ (É a idade! :D)
A imagem de hoje é pura inspiração e eu passei o fim de semana todo comendo muuuuuuuito chocolate. Eu já tinha ganhado uns ovos de Páscoa maravilhosos do love e hoje minha sogra veio trazer mais chocolate para adoçar a minha vida. :) E tem coisa melhor?

Bem, então é isso o que desejo a vocês: uma semana doce como chocolate e perfumada como as rosas.

Beijos, beijos e beijos,

Ninja


sexta-feira, 16 de abril de 2010

Malabarismo

O malabarista é aquele que procura “manter objetos no ar, lançando e executando manobras e truques. Também existem malabarismos onde só se manipulam objetos em contato com o corpo.” Quem já viu, ou já tentou praticar essa arte, sabe que não é nada fácil. E é assim que eu me sinto: uma malabarista da vida.

Nessa vida corrida, maluca, onde o relógio parece girar cada vez mais rápido, temos que fazer manobras, truques, e ter muito, mas MUITO jogo de cintura para darmos conta de tantas obrigações. Quando o baby ninja nasceu, percebi que teria que reinventar o meu tempo, pois não podia mais pensar apenas nas minhas necessidades. Durante os 3 primeiros meses, praticamente não dormi, não tive horário pras refeições, aliás não tive mais horário pra nada. Ele já está com 8 meses e vejo que o tempo encolheu. Durmo menos, faço as refeições quando e como posso, pois ele está sempre em primeiro lugar dentro das minhas prioridades. Postei aqui no blog, em agosto do ano passado: “Andei pensando muito sobre a natureza ninja (hehe...) e cheguei a seguinte conclusão: mãe de verdade tem que ser NINJA.” Hoje completo a frase afirmando que: além de NINJA, mãe de verdade tem que ser MALABARISTA.

Voltando ao papo de vida-corrida-maluca, quem não tem que fazer seus malabarismos no dia-a-dia?

Somos escravizados pelo relógio e, quanto mais o tempo passa, a sensação que tenho é a de que os dias e as horas encolhem cada vez mais. As pessoas com as quais converso costumam dizer o mesmo. As pessoas lá fora também devem fazer seus malabarismos para (sobre)viver, pois o mundo exige essa dinâmica. E o mais curioso é que me dou conta de que sou malabarista, sim, pois estou num circo. “Hoje tem palhaçada? Tem sim senhor!”. Mas, nem sempre tem goiabada, nem sempre as coisas são tão doces, nem sempre tem gargalhada...

Pensei em escrever hoje sobre “malabarismo”, olhando o mundo ao meu redor, pensando na correria das mães (das que trabalham fora ou não) que cuidam da casa, dos filhos, do marido (quando tem um); na loucura dos homens e mulheres que enfrentam o impiedoso dragão do mercado de trabalho; nos adolescentes, cheios de medos, dúvidas e atividades escolares (e muitos ainda trabalham); no trânsito estressante das grandes cidades; na política que gera mais insegurança e resulta, quase sempre, em decepção.

É, meus amigos, façamos nossas manobras, joguemos laranjas e bolas pra cima (sem deixá-las cair, claro) e continuemos nossa jornada, esperando a hora do sorriso e do aplauso. O espetáculo não pode parar.

Ninja

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Inspiração Divina

Coisas boas DEVEM ser compartilhadas. E eu não podia deixar de vir neste cantinho indicar um filme (DVD) que assisti há uns minutinhos atrás. Ele fez toda a diferença nesta tarde e eu agradeço aos seres celestiais pela inspiração. ^^

O filme é o “CONVERSANDO COM DEUS (Conversations With God)”. Comprei o DVD nas Lojas Americanas e ainda não tinha assistido. É inspirador e nos dá uma injeção de ânimo (o que é sempre bem-vindo, não?).

Perdemos tempo em comportamentos equivocados e tendemos a repeti-los. Nem sempre a vida nos dá uma segunda chance, mas quando ela acontece, é hora de mostrar ao mundo (e a nós mesmos) o que viemos fazer aqui.


Ninja

Amigos e palavras

Tem gente que escreve como uma forma de exorcismo e, na verdade, fiz isso durante toda a minha vida. Comecei muito cedo a escrever diários e, quando tinha 13-14 anos, obtive, nas palavras, o conforto que precisava, numa época que nunca é fácil pra ninguém. A adolescência é uma fase pouco confortável, por conta de um turbilhão de mudanças e pouco (ou nenhum) apoio dos pais e educadores. Sei que meu grande e querido amigo Demétrius (tive que citá-lo :) novamente) compreende bem o poder que as palavras tem em nossas vidas. Ele sabe que escrever pode ser uma espécie de terapia e devo à ele, com imensa gratidão, o fato de voltar a escrever por aqui. Sinceramente, já havia perdido o interesse e o melhor de tudo é que estou num momento em que preciso mesmo escrever, mesmo sabendo que posso não ser “ouvida”. Faço-o por mim, pela minha alma.

Há pouco, recebi (no Twitter) umas mensagens de um outro amigo, muito querido e especial, que compreende bem o que se passa comigo e o mais interessante (desculpem-me pela demora nas apresentações) é que também está ligado ao meio artístico. Pra quem não sabe, o Demétrius é um excelente músico e o Marcelo (que me enviou as mensagem no Twitter) fez teatro durante boa parte de sua vida (além de ator e jornalista, é um talentoso e sensível pesquisador musical). Conhecei o Demétrius na faculdade de música (que não cheguei a terminar) e o Marcelo na faculdade de artes plásticas. Lembro-me de uma conversa que tive com o Demétrius, onde chegamos a seguinte conclusão: amigos mesmo só os de muitos anos, os que provaram, com o passar do tempo, serem dignos de confiança. Está cada vez mais difícil confiar nas pessoas e nas suas “boas” intenções e não é à toa que vemos tantas amizades voláteis, divórcios, chefes demitindo seus empregados e por aí vai.

Quando resolvi postar no blog hoje, pensei em escrever outra coisa, mas vou deixar registrado o carinho imenso e o amor sincero que tenho por estas duas criaturinhas tão especiais, tão sensíveis, tão generosas, que merecem tanto ser completamente realizadas e felizes: Demétrius e Marcelo. Eu não sei o que faria sem vocês! Mesmo fisicamente distantes, só o fato de saber que vocês existem torna minha vida mais alegre. Sei que posso contar com vocês, nos dias cinzentos, e preciso que saibam que estou aqui sempre, incondicionalmente, pra ambos.

Bem, vou terminar por aqui, desejando que o dia seja agradável, doce, sem julgamentos, repleto da verdadeira paz de espírito!


Ninja

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Questa è la vita

Gente, como viver pode ser tão estranho??? Ando um tanto introspectiva... Se pudesse, teria passado o dia de ontem meditando e refletindo sobre coisas que acontecem e que, por mais que eu tente, não consigo compreender. Viver em sociedade é uma experiência psicodélica e isso é algo bem interessante (para não usar outro adjetivo). Se pararmos para ver o que há por trás dos rótulos, das imagens, das fantasias, dos sorrisos, dos olhares... Ah, e essa viagem pode ser feita sem o uso de qualquer psicotrópico!

Eu sempre vi a vida como se fosse uma imensa história em quadrinhos. Nunca tomei ácido porque nunca precisei de tal fuga (bom, a gente foge do mundo usando outros recursos também, hehe...). E, de certa forma, posso compreender o que leva as pessoas a buscarem formas alternativas de lidar com o que nos cerca.

Tenho um olhar beeeeem particular sobre a realidade e, se tentasse defini-lo para alguém, acabaria fazendo uma analogia com o filme Matrix. É o que mais se assemelha a minha forma de pensar o mundo como uma imensa caixa, onde não existe liberdade, onde somos marionetes, manipulados pela mídia e até por nosso próprios desejos. E a arte, que deveria ser uma LIBERTAÇÃO, acaba servindo de instrumento para essas forças malignas, exteriores e interiores, uma espécie de algema, de cárcere, onde o artista não é o mocinho (do meu mundo de história em quadrinhos), mas sim o vilão. Já cheguei a pensar, em tempos passados, que ser artista é uma forma de condenação. As pessoas dizem que nascer com aptidão artística é uma bênção, um dom, mas, sinceramente, tenho minhas dúvidas. Na “caixa” pouco importa o dom, se não vem atrelado aos cifrões. A arte é produto de consumo, de massa, refém do ego e não mais Inspiração Divina.

E por que acho o mundo estranho?

Porque ando com o “saco” (rs) bem cheio de todo o teatro, das encenações nas relações “humanas”, das inseguranças veladas, das convenções, das armadilhas dentro de uma embalagem de sucrilhos.

Não raro penso nas longas conversas que tive com meu grande amigo (irmão de alma) Demétrius, no decorrer de anos. A tônica foi, em vários momentos, as relações “humanas”, o abuso do poder, as mentiras e, consequentemente, as dores. Os anos passaram e creio que pouca coisa mudou. Queria ser hoje mais tolerante, mais sábia, mais hábil ao lidar com as “gentes”, mas reconheço que não sou assim. E o que me cerca é o mundo que construo a cada dia, que tento fazer da melhor forma, mesmo consciente da falta de cumplicidade (significativas vezes) e das dores (que, se os pedreiros tem nas costas, por conta do trabalho pesado, tenho na alma, pelo peso da incompreensão).

Fazer o quê? Questa è la vita.

Ninja



segunda-feira, 12 de abril de 2010

Cachorros soltos


Às vezes, a gente sente vontade de fechar os olhos para não ver. Outras vezes, isso não é o suficiente...
Hoje o dia poderia ter sido bem melhor do que foi. Mas, me sinto grata por ter conseguido fazer tudo o que havia planejado. O problema foi ter sido pega de surpresa por uma reação agressiva inesperada. E eu juro que não sei o que fiz de mal. A gente tende a se culpar por coisas que, muitas vezes, não são mesmo nossa culpa. E as pessoas, por motivos que nada tem a ver com você, podem simplesmente acordar de "ovo virado" e soltar os cachorros em cima da sua pobre pessoa. Louco isso, não? Aonde vamos parar?

Ninja

sexta-feira, 9 de abril de 2010

E-s-p-e-r-a



.tarde fria
.alma escamosa
.silêncio em verso
.e-s-p-e-r-a

domingo, 4 de abril de 2010

Páscoa


Queridos, quanta saudade!!!
Pode não parecer, por conta da ausência, mas guardo, com carinho, cada um de vocês dentro do meu coração.
Nesta tarde chuvosa, domingo de Páscoa, de reflexão, de chocolate também (por quê não?), penso nas pessoas queridas que estão longe, nos abraços que gostaria de receber, nas palavras que adoraria ouvir, nos beijos nas bochechas que poderia dar. :)
Seres humanos são estranhos: tendem a viver no passado ou no futuro, mas quase nunca no presente. E estão sempre sonhando e desejando. E desejar é uma bola de neve que vai rolando e aumentando, aumentando, aumentando... Até que essa “bola de neve” adquire o tamanho do mundo e é quase capaz de te engolir. Como afirma Lacan: “O desejo é sempre o desejo de um outro desejo”. Não é à toa que o budismo prega a libertação dos desejos. Com a eliminação do desejo, extingue-se a dor. E quem não quer ser feliz? Quem não quer livrar-se da dor?
Não sei se é coisa da idade, mas hoje já não quero mais TANTA coisa. Não quer dizer que não tenho sonhos. Sim, tenho sonhos, porém não deixo que eles me entorpeçam, que desviem meu foco do agora. O bom de parar de desejar TANTO é que nos tornamos mais gratos, além de conscientes do momento em que estamos vivendo. É como se a vida ganhasse novas cores e tivesse o sabor de pão quentinho, recém assado. Tem coisa mais gostosa?
Essa coisa de “viver o presente” é mesmo mágica e funciona especialmente bem para pessoas ansiosas e inseguras, que criam fantasmas na cabeça e acreditam que eles são reais.
Meninos e meninas, não há uma fórmula única para se viver, um remédio 100% eficaz para as dores da alma, uma máquina do tempo que possa nos transportar para o reino dos sonhos. Mas, há a busca, a descoberta, o encontro e o reencontro e isso faz toda a diferença.
Desejo que todos os dias sejam Páscoa para vocês! Que sejam de renovação, de comunhão, de ventos frescos e com aroma de chocolate!!!

Beijocas ninjas! ;)