segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A Minha Dor

- Florbela Espanca

A minha Dor é um convento ideal
Cheio de claustros, sombras, arcarias,
Aonde a pedra em convulsões sombrias
Tem linhas dum requinte escultural.

Os sinos têm dobres de agonias
Ao gemer, comovidos, o seu mal…
E todos têm sons de funeral
Ao bater horas, no correr dos dias…

A minha Dor é um convento. Há lírios
Dum roxo macerado de martírios,
Tão belos como nunca os viu alguém!

Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo e grito e choro,
E ninguém ouve… ninguém vê… ninguém…


2 comentários:

João Batista disse...

Eu juro que eu quero te ajudar, rs:
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http://www.malvados.com.br/tirinha1182.gif

http://malvados.com.br/tirinha1183.gif

Anônimo disse...

"Parece que Deus não escuta o teu lamento
E às vezes tu pensas em abandonar tua cruz
E chega a pensar que és o único
Que tens se sentido assim
O cálice amargo que bebes vai chegar ao fim..."

Os olhos do Senhor estão sobre os justos e os seus ouvidos estão atentos à sua oração - 1 Pedro 3:12

Você sozinha? Nunca!!! Eu nunca vi um justo desamparado. ;)