Saudades do blog, saudades dos fóruns, e-mails e de todas essas coisas que fazem parte da minha vida cibernáutica. ^^
Às vezes, me pergunto por que certas coisas acontecem. Como, por exemplo, o que ocorreu na madrugada de domingo, quando eu estava tranqüilamente respondendo um scrap no Orkut. Eu não ia demorar a sair do computador. Estava frio e só tentava me distrair um pouco, esperando o sono chegar. De repente, senti um inconfundível cheiro de queimado e, antes que pudesse identificar sua origem, veio o blackout, o apagão, e o susto ao ver meu computador completamente inutilizável.
Sensação de falência, de impossibilidade, de quase-desespero, quase-morte. Perda momentânea dos sentidos, falta de ar. Rsrsrsrs...
Agora posso rir disso tudo e, embora a narrativa pareça um dramalhão, mesmo que por alguns instantes esse mix de sensações tomou conta de mim naquela madrugada. Pensei em todas as obrigações que teria que cumprir e já não poderia. No lazer desfeito. Nos contatos rompidos. Nas perdas.
É incrível como nos tornamos, de certo modo, dependentes de uma máquina. É inacreditável o papel que ela assume em nossas vidas, em nossas relações, no nosso dia-a-dia.
Foi difícil dormir. E, ao acordar, pensei na mão de obra que seria encontrar um técnico e no alto custo que o conserto traria.
Um anjo, ao telefone, disse que a fonte poderia ter queimado. Aceitei imediatamente o “diagnóstico” como verdade e pensei: “simples, agora só preciso abrir a CPU, tirar a fonte, comprar uma nova e fazer a instalação”.
O interessante é que jamais havia aberto a máquina e nunca entendi bulhufas de hardware. Mas, a situação não permitia que detalhes ínfimos (rs) surgissem como obstáculo.
Só pra descargo de consciência, liguei pro telefone de uma loja que oferecia o serviço que buscava. Ao desligar o aparelho, me perguntei qual das duas opções seria a pior: levar a máquina até a loja (com todos os meus arquivos pessoais, senhas e tudo mais que um computador residencial possui) e submeter minha “criança” às mãos de um psicopata qualquer (hehe... com todo respeito aos profissionais sérios e capacitados), ou trazer um desses técnicos até a minha casa, onde a primeira hora de serviço custaria nada mais, nada menos, que R$80,00.
Como dinheiro anda difícil e encontrar gente honesta é ainda mais raro, só vi uma alternativa: eu faria mesmo o serviço e, se preciso fosse, seria capaz de adestrar meu computador, de ensiná-lo a falar e até a andar. Rsrsrs...
E assim foi. Depois de bater muita perna atrás da tal fonte, enfim, consegui encontrá-la. Rejeitei qualquer comentário, ouvido no percurso, do tipo: “Iiihhhh, queimou a fonte? Deve ter queimado a placa-mãe!”. É incrível como, nessas horas, aparece gente com opiniões “positivas” e “estimulantes”! ¬¬ Mesmo com vontade de responder que a minha (placa) mãe ia muito bem, obrigada, e não apresentava qualquer avaria, me contive. E era essa a minha verdade, porque, de fato, não sabia o que mais poderia ter acontecido naquela madrugada.
Em casa, sentada no chão, com o gabinete entre as pernas e uma chave Phillips na mão, iniciei a “cirurgia”. Foi mais fácil e mais rápido do que imaginei. E, o que havia tomado como verdade, se confirmou.
Sei que sem Fé, não teria resolvido isso. E devo agradecer ao anjo que me deu força em cada momento, mesmo morando em outro estado. Sua ajuda foi essencial. ^^
Esse relato pode fazer rir qualquer um que entenda de hardware, que abre e fecha suas CPUs de brincadeira. Mas, é só um desabafo, com a intenção de compartilhar algo positivo e de incentivar àqueles que antes de tentar, optam por caminhos aparentemente mais fáceis.
Obstáculos sempre irão surgir. Pessoas que desacreditam da gente, que vêem o copo meio vazio, que são incapazes e inseguras, hão de aparecer ao nosso lado, nas horas críticas, para tentar minar a força que nos resta.

Eu sempre vivi em busca de aprendizado e sei que essa busca terá a mesma duração dos meus dias na terra.
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Esta postagem está ficando grande, não? o.O
Hehe... Vou ficar por aqui. ^^
Um bom dia aos amigos e queridos visitantes!
Beijos ninjas, no coração.